quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quem espera sempre alcança...

Quanto tempo não passava por aqui...  Os últimos meses têm sido bem corridos..
Grandes mudanças profissionais, importantes conquistas na carreira e completa falta de tempo..
Feliz no trabalho, feliz em casa, filho com saúde e, quando parecia que tudo estava completo, chegou mais alguém...
E esse alguém, realmente, era o que faltava..
Depois de um período turbulento, em que cheguei a desacreditar, passei a achar que o melhor a fazer era viver apenas para o trabalho e meu filho... Surge Renato, com seu jeito determinado, seguro, confiante e, ao mesmo tempo, amoroso, carinhoso e adorável..
Parece que dividíamos os mesmos sonhos, que esperávamos pelo mesmo amor..
E estamos muito felizes agora, porque o encontramos, num momento bacana pros dois..
Esse encontro incrível aconteceu num momento de maturidade, sucesso profissional e vitalidade para ambos..
Não há disputas, não há ressentimentos, não há medo..
O que temos é uma história que já começa embalada por bons sentimentos, carinho, cuidado e a esperança de que dias melhores estão chegando..
Eu, que já nem esperava mais por um amor, que estava vivendo um dia de cada vez, sem pressa e sem procura, acabei o encontrando, mesmo sem procurar..
Porque Deus escreve certo, por linhas sinuosas..
E quem espera... Sempre alcança...




‎"Como é a vida... 
Me afastou de pessoas que eu pensava que seriam para sempre...
E me aproximou de outras que eu nunca imaginava conhecer..."
(Mto sábio esse tal de destino...)



segunda-feira, 27 de junho de 2011

De volta a São Lourenço

Nesse último fim de semana, peguei a estrada e fui de encontro à antigas memórias...
Foi um fim de semana prolongado, por conta do feriado de Corpus Christie.. E, nada melhor, para uma data como essa, que passar alguns dias em família.
Assim fizemos.. Nos dividimos em dois carros e fomos...  Eu, Guilherme, meus pais, meu irmão, minha cunhada e sobrinha, rumo a São Lourenço, no sul de Minas.
A cidade é a mesma..  Suas ruas de pedras, o comércio artesanal, as charretes passando, o parque das águas com suas sombras geladas, a Serra da Mantiqueira e suas curvas sinuosas..
Enfim, tudo muito igual..  Quem está diferente sou eu..
Agora, volto a São Lourenço, como mãe..  E é com olhos de mãe que eu admiro essa cidade, bucólica, sossegada e encantadora..
Cidade que meu filho ama, onde meus pais relaxam e baixam as armas, onde pude ver a pequena Joana se alegrando ao observar os cavalinhos galopando em frente ao hotel, onde Julio e Bárbara selaram, mais uma vez, o amor bonito que cresce, entre eles, um pouco mais a cada dia..
É muito bacana ver o Guilherme, com pose de "Rei da Cidade", numa autonomia, liberdade e espontaneidade, que só uma cidade do interior pode lhe permitir...
"Cidades pequenas" como São Lourenço me dão a sensação de que as coisas podem ser melhores, mais tranquilas, sossegadas...  E os Homens, menos violentos, duros, estressados..
Voltando de uma viagem como essa me espanto com a velocidade do mundo louco onde eu vivo..
Vejo como o ano passa rápido, como o tempo voa, assim como voam nossos emails, nossas ligações, nossos encontros...
É com a alma acarinhada pela calma mineira que vou começando essa semana, última do mês de junho..
Falta menos de um mês pro meu filhão fazer oito anos de idade..  Meu menino está crescendo...
Me proponho, aqui, a desacelerar, a desestressar, para poder acompanhar mais de perto esse tempo, que não volta..
De volta à minha casa, à rotina dos meus dias corridos, de muito trabalho e responsabilidades, quero fazer um pacto comigo mesma. De permitir-me acalmar, sentar na varanda de casa e observar o Guilherme crescer, bem tranquilo, sereno, como se estivéssemos ouvindo o som dos passarinhos mineiros, que cantam felizes por aquela cidade...

domingo, 19 de junho de 2011

Com quantos sonhos se constrói uma vida?

Hoje, enquanto arrumava umas coisas aqui em casa, me deparei com a minha própria história... E, sempre que paro pra pensar na minha trajetória, no quanto já vivi, sinto-me orgulhosa de mim mesma.
Não aquele orgulho ruim, que impede as pessoas de se arrependerem, mas um orgulho bom, que me remete a um amor próprio, a uma melhor autoestima.
Tenho precisado muito resgatar essa autoestima..  Tenho tentado enxergar as coisas de forma colorida, divertida.
Não acho que meus problemas sejam muito maiores que os das demais pessoas.
Pelo contrário. Acho que, perto de muitas pessoas, nem tenho do que reclamar.. E não gosto mesmo de ficar reclamando.
Essa nunca foi minha visão das coisas. Sempre procurei o lado bom das coisas.
Num jeito meio "Alice" ou "Poliana" de ver a vida..
Quando olho para trás e vejo tudo o que eu já construí, vem aquele orgulho bom do qual eu já falei.
Comecei uma vida independente, desligando-me pouco a pouco dos meus pais bem cedo.
Aos dezoito anos passei num concurso público e entrei para Prefeitura do Rio de Janeiro. No mesmo ano comecei a Faculdade de Jornalismo.
Três anos depois, conquisto a segunda matrícula no serviço público. Desta vez, na Prefeitura de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, onde fiz muitos amigos..
Aos vinte anos..  Apenas vinte anos, contrariando a ideia de muitos, resolvi me casar.
Casei com o Léo, meu vizinho, meu amigo desde uns oito anos de idade, aquele cara que parecia perfeito pra mim..  Isso porque eu, sempre abusadinha, achava que, aos vinte anos, já seria capaz de saber quem seria perfeito pra mim..
Mas foi um bom casamento..  Durou apenas cinco anos, mas me rendeu um presente..  O melhor e mais caro presente que eu poderia ganhar na vida..
Léo sempre foi um marido de presentes.. Dos bichos de pelúcia enormes, que nem cabiam no quarto direito, aos anéis de ouro e rubi, lindos, delicados, que, pouco a pouco, foram enchendo meus porta jóias..
Mas, de todos os presentes, houve um que não tinha preço e que só este marido poderia me dar..  O Guilherme..
Guilherme é resultado de uma combinação perfeita..  Enfim aquela perfeição que, no fundo, mesmo tão novinha, eu já sabia que encontraria..
De que é feita a nossa vida? De quantos sonhos?
Ainda não sei..  Mas sei que, hoje, aos trinta anos, já separada por duas vezes, depois de um casamento convencional, com papel, pastor, festa e tudo mais que eu tive direito, e um segundo, não tradicional, na verdade, um "namorido", que foi chegando, chegando e acabou morando comigo, acho que a vida deve ser feita de vários sonhos...
Atualmente estou acompanhada por Deus e pelo meu filho, Guilherme. 
Esses me bastam, mas confesso estar sentindo falta de um amor.. 
Moro numa casa própria, que pago ainda, financiada e custeada pelo meu trabalho, tenho um carro novinho, conforto, plano de saúde, um filho maravilhoso, uma cachorra louca, mas igualmente querida, uma vida tranquila e, principalmente, minha..
Minha vida. Que eu determino e sigo da forma como quero..
Trabalho na minha área. Sou jornalista e assessora de imprensa pela FUNDEC, na Prefeitura de Duque de Caxias. Realizada profissionalmente, amiga de muitos amigos, querida por várias pessoas, admirada e feliz..
Uns dias mais feliz, outros menos...  Algumas vezes mais disposta, outras menos...  Mas sempre com esperança e fé em dias melhores..  Porque eles sempre chegam..
Sonhos??  Ainda tenho vários...  Continuo seguindo, vivendo, caminhando em busca deles...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Depois de tanto tempo... Tudo parece tão igual...


Dessa vez não dava mais pra escapar, dar desculpas, enrolar...   Eu precisava passar por isso..  Eu precisava...  Porque o problema era meu e de mais ninguém...
Desde a separação, sempre que posso, eu fujo...  Não vou aos aniversários dos amigos, nem dos filhos dos amigos, dou desculpas para faltar aos casamentos, perco nascimentos, batizados, festas, me escondo feito uma tartaruga, dentro da minha própria casa...
A minha casa, nos últimos meses, tem me parecido o único lugar onde estou imune e protegida de qualquer novo momento de dor e sofrimento...
Há dois meses atrás iniciei uma reforma nesta mesma casa, reduto de tanto amor e de tão boas lembranças...
Achei que, quebrando paredes, trocando tintas, mudando revestimentos, estaria, ao mesmo tempo, me libertando daquelas memórias tão gostosas...
Memórias de um passado recente, mas que agora parecem parte de uma outra década da minha vida...
Praticamente terminada a obra, olho para minha casa, onde construí sonhos cor de rosa ao lado dos meus dois grandes amores, meu filho e meu ex-marido, e vejo que o dinheiro empenhado aqui pode trazer mais luxo, mais conforto, mas nunca mais trará aquele sentimento de lar, aqueles momentos de amor, de união, de família reunida, que só essa formação (eu, Rei e Gui) poderia me dar...
Na última sexta-feira decidi encarar os "leões" de frente..  Cara a cara...
Não dava mais pra escapar..  Aniversário do Alexandre, meu amigo, meu irmão, parceiro de todas as horas...  Eu tinha que ir...   E fui...
Sabia que não seria nada fácil..  E realmente não foi..
Logo ao chegar, senti meu coração quase saltando do peito, os olhos marejando d'água, um silêncio meio sepulcral, um clima realmente muito tenso...
O mundo parou naquele momento...  Pra mim existiam poucas pessoas naquele ambiente cheio...
Só ouvia e via as pessoas que me interessavam...  
E no meio destas pessoas, ele estava lá..  Lindo, lindo...
A mesma voz, o mesmo sorriso, o mesmo peito onde tantas noites eu me encostei, o mesmo abraço que tantas vezes já me envolveu...
Depois de tanto tempo...  Tudo parecia tão igual...
Como pode, meu Deus, depois de tanto tempo, o coração bater descompassado de novo, num ritmo alucinado, que só quem ama sabe como é...
Enfrentei essa barreira...  Fui a um local onde sabia que iria encontrá-lo..  E realmente encontrei...
De volta à minha casa, aquela que foi reformada, mas que no fundo é a base daquelas mesmas paredes, daqueles mesmos sonhos, encontro-me sozinha de novo...
E o estranho é que a sensação é de que este ainda não é o final...
Tenho a impressão de que, talvez, este ainda não seja o fim desta história...
E assim vou vivendo, seguindo...
"Ama, espera, trabalha e confia..."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A obra...

A maioria das pessoas, quando pensam em obra, reforma, construção, sente calafrios, formigamentos, depressão, enxaqueca e outras coisas do tipo...
Quase todo mundo que eu conheço tem pavor de obra...  Eu disse quase.. Porque lá em casa é diferente.. 
Meu pai é do time dos contra-obras.. Mas, em compensação, eu, meu irmão e minha mãe somos completamente a favor. Adoramos obra, poeira, cimento, barulho de quebra-quebra...
Nesse momento eu estou no meio de uma reforma...
Tudo começou com uma invasão de cupins em casa..
Esses insetinhos chatos, verdadeiros pestinhas, conseguiram fazer um estrago na minha casa.
Na verdade, já há um bom tempo eu planejava uma reforma, mas a grana nunca dava..  E eu ia adiando, adiando, adiando...
Instalada a crise dos cupins, resolvi atacar todas as questões que precisavam de solução de uma vez por todas.
Iniciei uma pequena série de reparos, que se transformou numa breve reforma e, agora, vejo que virou uma grande obra...
Dessas que tiram tudo do lugar, que tiram seu juízo, seu conforto, sua tranquilidade e acabam com sua conta no banco..
Pra completar, como meu filhote é super alérgico, tivemos que ir, de mala, cuia e cachorra pra casa dos meus pais..
Isso mesmo..  Eu, Guilherme e Maria Lulu nos mudamos..
Depois de mais de dez anos morando sozinha eu voltei pra casa da minha mãe e do meu pai..
E não tem sido muito fácil.. Depois que se sai de casa é muito difícil voltar, ainda que seja um retorno temporário..
Meu pai é cheio de manias, minha mãe tem as opiniões dela, meu filho se aproveita da situação pra fazer um drama em cada bronca e, até a Maria Lulu, tá ficando mal acostumada...
Mas tudo bem..  Tudo tem seu preço..  Minha casa tá ficando uma graça..
Acho que já passei da metade da obra...  Talvez daqui há uns dez dias eu possa estar voltando..  Tomara...
Enquanto isso, vou seguindo sem saber muito bem onde estão minhas coisas, sem ter ideia de onde estão os sapatos do Guilherme, as contas a pagar..
Mas tô feliz..  Bem feliz..  Adoro obra!!!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Lições de Solidariedade na Serra

Sebastiana foi o último destino percorrido pelos vinte voluntários mobilizados pela Prefeitura de Duque de Caxias, oriundos da Fundec e da Defesa Civil, na ajuda às vítimas das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro, no município de Teresópolis. Nessa segunda, 17, dois caminhões, com capacidade aproximada para duas toneladas saíram lotados com alimentos, água, material de limpeza e higiene pessoal, além de roupas e fraldas descartáveis.
Em meio a exuberante beleza, paradisíaca paisagem e clima privilegiado, o cenário encontrado era de devastação. Grandes quedas de barreira, ranhuras na mata, casas destruídas, carros soterrados e o desespero visível no semblante dos moradores. Lucius, Vieira, Bom Sucesso e Sebastiana são alguns dos muitos bairros devastados pela tragédia, localizados na zona rural do município.
Relatos como o de Maria Neuza Pinheiro, Cínthia Calixto de Oliveira e Leandro Fernandes Coelho impressionam pela fé e esperança, mesmo diante do caos ao qual estão submetidos. Os três compartilham o mesmo drama e dividem angústias. Perderam entes queridos, bens materiais e, provisoriamente, um deles encontra-se em abrigo coletivo.
A cidade espera ansiosamente por todo tipo de ajuda que possa minimizar o sofrimento. Ainda há muitos desabrigados, dezenas de corpos não foram encontrados, algumas localidades encontram-se sem fornecimento de luz e água. Além disso, moradores como Leandro Fernandes, de Sebastiana, sofrem pela perda da lavoura, fonte de subsistência de muitas famílias da região.
A Prefeitura de Duque de Caxias, em um ato solidário levou, além dos donativos, alívio, consolo e carinho. Por onde passou, a comitiva deu demonstrações de compaixão, solidariedade e humanidade. O trabalho foi celebrado com uma oração feita pelos moradores de Sebastiana, após seis horas de caminhada. Já era noite quando o vilarejo, iluminado apenas pelos faróis dos carros dos voluntários ouviu de Paulo da Silva, morador do local, a síntese de tudo o que envolveu aquele momento: “Eu sei que existe uma Luz que nas trevas conduz”.

sábado, 8 de janeiro de 2011

O poder de Deus

Cada vez mais eu vejo o quanto é mágico e incrível o poder de Deus.
Quando criei esse espaço, me descrevi, entre outras coisas, como aquela que, em breve, seria a "tia da Joana"...
E agora, a Joana, já tão famosa entre os meus, está por aqui, presente em corpo, alma e muita gostosura, alegrando e colorindo os nossos dias, tingindo de um lilás suave e encantador a vida de todos nós.
Nossa menina, que tem um semblante sereno, plácido, faz o pai, geralmente agitado e inquieto, desacelerar e entrar, rapidamente, no seu ritmo sossegado e tranquilo.
A mãe, que já naturalmente apresentava o temperamento mais equilibrado, agora está ainda mais feliz, realizada e bonita.
A Joana, assim como todos os demais bebês, escolheu a família dela...  Nasceu numa família linda, que a recebeu de braços abertos depois de um período de descontentamento, saudade e superação.
Vai a nossa estrela, chega a nossa Joana que, segundo estudos sobre significados de nomes, é 'a graça divina, pessoa que amadurece depois de lutar pelo equilíbrio entre a razão e o coração'...
E razão e coração me lembram Bárbara e Julio...  Comprovando o que eu disse antes...  É mágico e incrível o poder de Deus...
Ontem a noite, me bateu uma saudade muito grande do meu filho que está viajando...  Daí me lembrei do que ele mesmo me disse antes de ir.. "Mãe, se ficar com saudade vai pra casa do meu tio Julio..  Fica perto da Joaninha.."
Fiz isso, fui pra casa do meu irmão e fiquei por lá, admirando essa família, esperando a hora do meu pequeno voltar pra pertinho de mim...